Oque é Fisioterapia Respiratória ?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Treinamento de Musculatura Respiratória

Em algumas patologias, principalmente as neuromusculares, os pacientes muito debilitados, perdem não só a força muscular para a movimentação (atrofia), mas também perdem a força muscular para a respiração. Nestes casos, utilizamos aparelhos para exercícios respiratórios específicos, que oferece uma resistência constante à musculatura respiratória, proporcionando aumento da força muscular e da resistência para este grupo de músculos específicos, responsáveis pela respiração. Este trabalho é muito utilizado no desmame de cânulas de traqueostomia (Fig 01).

Objetivos:

Aumentar a força e resistência de um grupo muscular específico, melhorando o condicionamento da musculatura respiratória.

Material:

Inicialmente utiliza-se um Manovacuômetro, visando à mensuração da capacidade pulmonar do paciente e qual o tipo de aparelho a ser utilizado e a quantidade de resistência a ser aplicada durante o esforço. Usualmente, o aparelho para treinamento de musculatura respiratória é o Threshold®.

Figura 01

Procedimento:

1. Realizar inicialmente a medida de Pressão inspiratória máxima (Não necessariamente em toda terapia).
2. Ajustar a pressão do aparelho (se indica iniciar com 30% da pressão inspiratória máxima).
3. Posicionar o paciente para que este se sinta o mais confortável possível.
4. Explicar o procedimento a ser seguido (se necessário, usar o clipe nasal, que acompanha o equipamento).
5. Solicitar que o paciente, com o aparelho em sua boca, realize um a inspiração profunda, de modo a abrir a válvula do aparelho.
6. Realizar o número de inspirações ou tempo pré-estabelecido pelo Fisioterapeuta responsável, com o cuidado de não se levar o paciente a fadiga.
7. Ao final da sessão, orientar o paciente ou cuidador responsável quanto ao uso do equipamento, para que seja realizado sozinho, otimizando o programa de reabilitação.

Respiradores Mecânicos Não-Invasivo


(BIPAP, CPAP)

O que é?

Quando falamos em Respiradores Mecânicos, nos referimos aos aparelhos que vão nos auxiliar a ventilar um paciente que esteja em desconforto respiratório ou insuficiência respiratória, bem como, aqueles que, por algum motivo, não apresentem uma ventilação pulmonar adequada.
Os Respiradores de hoje são compactos, modernos e eficientes, atendendo a toda e qualquer exigência médica, podendo inclusive manter um paciente respirando até a chegada de um apoio médico ou uma ambulância.

Tratamentos com Ventilação Não-Invasiva

Sempre que você ouvir a palavra BIPAP ou CPAP, saiba que na maioria das vezes, está se falando de ventilação não-invasiva. Trata-se de um suporte ventilatório administrado através de uma Máscara Nasal ou Facial. Uma das vantagens deste tipo de ventilação é a sua implementação imediata. Basta indicação de um profissional habilitado, Médico ou Fisioterapeuta, e o aparelho já pode ser encaminhado para sua residência. Para sua utilização residencial, basta uma tomada de energia elétrica. Segue abaixo, os benefícios que pode conseguir utilizando a ventilação não-invasiva.

Principais benefícios:

  • Melhora a troca gasosa,
  • Minimiza o desconforto respiratório,
  • Diminui a necessidade de hospitalizações,
  • Redução dos riscos de infecções respiratórias,
  • Redução das lesões de vias aéreas superiores,
  • Redução do tempo de hospitalização,
  • Redução da morbidade e mortalidade,
  • Baixo custo de terapia,
  • Fácil manuseio

VNI ( Ventilação Não-Invasiva )

Indicamos para o pacientes com Insuficiência Respiratória crônica estável ou lentamente progressiva Hipoventilação noturna com desaturação de O2.
Desconforto respiratório associado a restrição mecânica (obesidade mórbida) ou patológica (fraqueza da musculatura respiratória, pós-cirúrgicos ou broncoespasmos).

Critérios de Inclusão para VNI
  • Paciente colaborativo,
  • Paciente capaz de proteger as vias aéreas e eliminar secreções pulmonares (catarro),
  • Capacidade de adaptação às máscaras nasal ou facial,
  • Pressão arterial controlada,
  • Ausência de arritmias cardíacas,
  • Ausência de crises convulsivas.

Patologias mais comum indicadas para VNI
  • Doenças neuromusculares,
  • Lesões medulares,
  • Deformidades da Caixa Torácica,
  • Síndrome da Hipoventilação Central,
  • Hipoventilação na obesidade (Pick-Wick),
  • Apnéia Obstrutiva do Sono,
  • DPOC descompensados.

CPAP

Modo ventilatório onde existe pressão positiva nas vias aéreas (pressão de ar), mantida durante todo o ciclo respiratório, de forma contínua. O paciente respira espontaneamente. É utilizado geralmente para exercícios respiratórios em fisioterapia, proporcionando a otimização da ventilação pulmonar e do trabalho respiratório. Muito utilizado em pacientes com apnéia de sono. Sendo silencioso, elétrico e compacto pode ser utilizado com máscara nasal ou facial.

BIPAP

Outro modo ventilatório com dois níveis de pressão (pressão inspiratória e uma expiratória), que se alteram nas vias aéreas. Utilizado também para exercícios, e quando o uso do CPAP se torna ineficiente, devido a necessidade de pressões inspiratórias maiores ou adaptação do paciente. Sua vantagem sobre o CPAP é onde suas duas pressões associadas dão ao paciente mais conforto ao respirar, simulando uma respiração espontânea com acompanhamento da respiração voluntária do paciente.


Respiradores Mecânicos Invasivo

( Suporte de Vida )

O que é?

Quando falamos em Respiradores Mecânicos, nos referimos aos aparelhos que vão nos auxiliar a ventilar um paciente que esteja em desconforto respiratório ou insuficiência respiratória, bem como, aqueles que, por algum motivo, não apresentem uma ventilação pulmonar adequada.
Os Respiradores de hoje são compactos, modernos e eficientes, atendendo a toda e qualquer exigência médica, podendo inclusive manter um paciente respirando até a chegada de um apoio médico ou uma ambulância.

Tratamentos com Ventilação Invasiva

Neste tipo de suporte ventilatório, é necessária uma via aérea artificial, para acoplar o paciente ao respirador (traqueostomia). Podemos utilizar um CPAP ou BIPAP nestes casos, mas sempre com indicação médica ou fisioterápica. Cada paciente terá sua indicação distinta, que vai depender de sua real necessidade no momento e de critérios determinados pelo profissional que o assiste.

Indicações para Ventilação Mecânica Invasiva:
  • Pacientes que não são capazes de manter adequada ventilação alveolar e trocas gasosas,
  • Pacientes que não são capazes de proteger as vias aéreas (déficit de deglutição, tosse ineficaz, com dificuldade de eliminação de secreções),
  • Pacientes que falharam na adaptação da Ventilação Não-Invasiva,
  • Pacientes que persistem a hipoventilação após a VNI,
  • Pacientes que requerem VNI acima de 15 horas/dia,
  • Pacientes com rebaixamento do nível de consciência,
  • Paciente com prognósticos patológicos progressivos.

Suporte de Vida

Nova Geração de Ventiladores para Homecare, também chamado de “suporte de vida”, este tipo de suporte ventilatório necessita de uma via aérea artificial (traqueostomia) para acoplar o paciente ao respirador e tem a função de ventilar aquele paciente que já não consegue mais respirar de forma espontânea, necessitando de um aparelho para respirar.
Nestes casos, além do Respirador Mecânico, o paciente irá necessitar de todo um suporte para se manter estável e confortável. São aparelhos mais sofisticados, eletrônicos e com sistemas integrados de alarmes, para que haja um total controle de todo o processo ventilatório. Temos toda linha de aparelhos para Suporte de Vida, onde destacamos dois deles para exemplificar suas qualidades.

LTV 950/1000

É portátil leve com total e flexibilidade de aplicação.e possui monitorização de parâmetros necessários o seu sistema de alarmes embutidos; o “Blender” para oxigênio (opcional); Permite a máxima mobilidade ao paciente possuí bateria de backup e também adaptadores para fonte de energia.

BIPAP Synchrony

Totalmente eletrônico e portátil com peso de 3,4kgs com modos ventilatórios de CPAP, controlado, espontâneo e também no espontâneo-controlado a sua pressão permiti total controle.

Reabilitação Cardiovascular

A reabilitação cardiovascular (RCV) pode ser conceituada como um ramo de atuação da cardiologia que, implementada por equipe de trabalho multiprofissional, permite a restituição ao indivíduo, de uma satisfatória condição clínica, física, psicológica e laborativa.
Para isso, o papel do fisioterapeuta é essencial já que, através de uma avaliação específica, é possível detectar e adequar as necessidades dos pacientes portadores de patologias cardiovasculares crônicas, a um programa personalizado de tratamento, baseado principalmente na avaliação clínica e funcional, assim como, através da utilização de exames complementares. A partir da coleta destes dados, é estabelecido o grau de comprometimento do indivíduo, adequando o protocolo mais apropriado ao seu tratamento.

Basicamente as indicações são:
• Indivíduos aparentemente sadios;
• Portadores de fatores de risco de doença coronária aterosclerótica (tabagismo, Hipertensão Arterial, dislipidemia, diabetes mellitus, obesidade, sedentarismo e outros);
• Indivíduos com Teste Ergométrico anormal e ou cinecoronariografia anormal;
• Portadores de Doença Arterial Coronariana: isquemia miocárdica silenciosa, angina estável, pós-IAM, pós-revascularização miocárdica, pós-angioplastia coronária, valvopatias;
• Portadores de cardiopatias congênitas; cardiopatia hipertensiva; cardiomiopatia dilatada;
• Pós-transplante cardíaco;
• Portadores de marcapasso.


Para que haja uma adequação dos trabalhos já realizados em ambulatórios nos domicílios, serão necessárias algumas considerações, assim descritas:
• Avaliação e indicação médica;
• Exames complementares: ECG de repouso e Teste Ergométrico ou Ergoespirométrico, que deverão ficar anexados ao prontuário do paciente e disponível para a avaliação do fisioterapeuta;
• Equipamentos de monitorização: Oxímetro de Pulso, Freqüencímetro, Estetoscópio e Esfigmomanômetro;
• Fichas de Avaliação e Controle de Sinais Vitais e Evolução Clínica;
• Amparo de um serviço de emergência, com contato disponível 24h;
• Kit de primeiros socorros e cilindro de oxigênio (se necessário);

Os protocolos de condutas e suas adaptações poderão ser esclarecidas em conformidade com a prescrição médica e as necessidades solicitadas.

Oxigenioterapia Domiciliar



Histórico

  • 200 anos – O oxigênio é essencial para a vida, desde a sua descoberta por Priestley.
  • 1992 - O uso terapêutico foi iniciado por Alvan Barach em hospitais americanos, para pacientes com pneumonia.
  • 1958 - Alvan Barach já prescrevia pequeno cilindro de O2 sob pressão, para deambulação, em portadores de DPOC grave.

Oximetria de pulso

A oximetria de pulso é considerada o melhor método diagnóstico para triagem e detecção de pacientes com hipoxemia (baixo nível de oxigênio no sangue). O oxímetro posicionado no dedo ou no lóbulo da orelha nos mostra, através da pele e por leitura imediata, a saturação arterial de oxigênio, no ato do exame, sem a necessidade de perfurações ou métodos invasivos.
Nos da Homefísio possuímos todos os tipos de Oxímetros, utilizados nas residências para realização da oximetria de pulso, e nossos fisioterapeutas estão aptos a diferenciar situações clínicas que alteram sua leitura, onde as mais comuns podem ser uma icterícia, uma perfusão arterial inadequada (insuficiência vascular periférica), pele com pigmentação escura e até um esmalte mais escuro nas unhas.

Fonte de oxigênio

Trabalhamos com 3 fontes de O2 disponíveis para fornecimento domiciliar. Cada uma destas fontes é adequada para um tipo de paciente ou sua necessidade atual.
Nossos fisioterapeutas avaliam o paciente na primeira sessão, visando a indicação mais adequada para cada paciente, sempre em contato com o médico do mesmo, visando um maior conforto e segurança para seus familiares e cuidadores.

1. Oxigênio gasoso em Cilindro
O oxigênio gasoso está disponível em todo país. Os cilindros são caros, pesados e o transporte e armazenamento difíceis, havendo também a necessidade de reposição freqüente. Hoje, o grande problema encontrado no oxigênio gasoso através de cilindros, é o tempo de reposição. Na maioria das vezes, existe a necessidade de troca de cilindro nos finais de semana ou feriados, que ocasionam aumento de tempo para entrega e dificuldade de pedido, gerando ansiedade e desconforto ao paciente. Ex: Fluxo de O2 em 2 L/min, durante 24horas e através de cilindros de 4m3, o paciente necessitará de 25 à 30 cilindros /mês.


2. Oxigênio Líquido
As pessoas conhecem o oxigênio sempre como gás. Mas ele também pode ser liquido. Quando resfriado a temperaturas extremas (-160ºC), o oxigênio se torna líquido. E quando isso acontece, ele pode ser armazenado em maiores quantidades, pois quando liquido ele se compacta e consequentemente ocupa menores espaços. Trabalhamos nas residências com o sistema mais utilizado, onde existe um reservatório matriz que é recarregado em média 4 a 8 vezes ao mês, quando o paciente está usando um fluxo contínuo de 2 L/min. Sua principal vantagem é que permite total mobilidade do paciente, fora do seu domicílio e por longos períodos (de 4 a 6 hs, dependendo do fluxo).


3. Concentrador de Oxigênio
Na maioria das residências atendidas por nossa equipe da Homefísio é o aparelho de oxigenioterapia que é o Concentrador de Oxigênio. Isto se faz, pois este tipo de aparelho nos proporciona uma fonte contínua de oxigênio, sem a necessidade de recarga. Trata-se de um aparelho que se alimenta do ar ambiente, transformando-o em oxigênio para o paciente. Tudo isto, através de uma conexão a rede elétrica. Este tipo de aparelho fornece 02 com pureza de 92 a 98% e fluxo de até no máximo de 10 L/min. São fáceis de manusear, ocupam pouco espaço e tem autonomia de funcionamento, enquanto houver energia elétrica. Não são portáteis, são ruidosos e aquecem o ambiente. Contudo, pode ser adaptado fora do cômodo onde está o paciente, garantindo o conforto e garantia de fornecimento. O aluguel mensal estaria em um nível intermediário entre o oxigênio gasoso e o liquido, independente do fluxo a ser utilizado.


Benefícios

Melhora do estado neuropsíquico (melhora a atividade cerebral), eficiência do sono, aumento da tolerância ao exercício, diminuição da pressão na artéria pulmonar, ou sua estabilização; diminuição do número de internações, com melhora da sobrevida e da qualidade de vida.
A dose de oxigênio a ser administrada deve ser estabelecida individualmente, através da titulação do fluxo de O2, ou uma saturação de O2 não inferior à 90%, com o paciente em repouso e respirando em ar ambiente.
Os benefícios terapêuticos da Oxigenioterapia Domiciliar (no caso de sua necessidade) estão diretamente relacionados, com o número de horas/dia que o paciente utiliza e, portanto, devemos prescrever a oxigenioterapia idealmente 24hs/dia, e estimular o paciente a usar o maior tempo possível. Considera-se como tempo mínimo aceitável 15hs contínuas por dia, incluindo as horas de sono.
A realização da oximetria noturna (medição dos níveis de oxigênio no sangue) nos permite uma prescrição mais precisa do fluxo adequado de O2 durante o sono, e não havendo condições de se realizar, está correto o acréscimo de 1 L/min ao fluxo titulado para o dia.
Somos uma empresa que trabalha há mais de 10 anos com este tipo de material, em associação com grandes empresas de gases medicinais, garantindo todo o apoio necessário, com orientação e manutenção 24h por dia.

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

(DPOC)

O que é?

O DPOC é uma doença crônica e progressiva que acomete os pulmões e tem como principais características a destruição de muitos alvéolos e o comprometimento dos restantes.

Sintomas

Os principais sintomas dos pacientes são a limitação do fluxo das trocas dos gases (entrada e saída do ar) principalmente na fase expiratória, a dispnéia ou falta de ar, a hiperinsulflação dinâmica que leva ao encurtamento das fibras musculares do diafragma, fadiga muscular, insuficiência respiratória entre outros.

Como ocorre?

Os principais fatores desencadeadores do DPOC (Enfisema e Bronquite Crônica) estão relacionados principalmente ao tabagismo, seguido de exposição passivo do fumo {aquela pessoa que vive junto com o fumante}, exposição à poeira por vários anos, poluição ambiental, e até fatores genéticos nos casos que se comprova a deficiência de enzimas relacionadas à destruição do parênquima pulmonar (estruturas dos pulmões).

Tratamento

O tratamento fisioterápico aplicado pela Homefisio tem como meta a prevenção de infecções pulmonares, remoção de secreções dos pulmões e vias aéreas, evitar e melhorar a dispnéia ou falta de ar, minimizar e espaçar as crises, prevenir e diminuir a fadiga muscular (cansaço muscular), melhora da troca gasosa, relaxamento e fortalecimento dos músculos responsáveis pela respiração (diafragma e músculos acessórios), manutenção e normalização da oxigenação sanguínea. Nossa orientação no sentido de adaptar e orientar o paciente e seus familiares quanto aos exercícios irão melhorar suas funções na vida diária.
Para que esses objetivos sejam alcançados, utilizamos técnicas de desobstrução brônquica que ajudam na remoção da secreção pulmonar, a prática de exercícios destinados a coordenar a atividade física com a respiratória, exercícios para desinsulflação pulmonar, o trabalho aeróbico, e exercícios de fortalecimento com peso em membros superiores e inferiores com objetivo da melhora da resistência física.
Em casos onde a doença esteja em um estagio muito avançada é utilizada a pressão positiva por meios de CPAPs e BIPAs associados a oxigênio para a melhora da insuficiência respiratória e controle da queda da oxigenação sanguínea.

Manobra de Higiene Brônquica

Definição:

Procedimento realizado para promover a melhora da ventilação e oxigenação pulmonar, com a mobilização e eliminação de secreções brônquicas. Dentre as manobras mais conhecidas, destaca-se a Tapotagem (Fig 01), associada a Inaloterapia, onde através de uma manobra de percussão das vias aéreas, proporcionamos o descolamento de uma provável secreção que esteja aderida a parede pulmonar ou que esteja em um difícil acesso para expectoração ou aspiração brônquica. Ao contrário do que muitos pensam não se trata de uma massagem, e também não é um fator determinante em uma sessão de fisioterapia. Como todo e qualquer procedimento, existem restrições que devem ser respeitadas, sendo sua realização dependente da avaliação do profissional fisioterapeuta.

Objetivos:

Proporcionar uma melhora da ausculta pulmonar, deslocando a secreção brônquica para segmentos de maior calibre, facilitando sua eliminação (expectoração ou aspiração).

Figura 01

Cânula de Traqueostomia


O que é?

A traqueostomia é um procedimento técnico invasivo, realizado por profissional habilitado (médico), de forma eletiva ou em caráter de urgência. É um procedimento cirúrgico, onde se realiza uma abertura na traquéia do paciente, com a finalidade de favorecer a respiração e a eliminação e/ou retirada de secreção. A abertura entre o meio ambiente e a traquéia é chamado de estoma, e geralmente é indolor.
Ela pode ser temporária ou permanente, dependendo de sua finalidade. O trabalho do fisioterapeuta em pacientes traqueostomizado, é manter a via aérea respiratória livre e diminuir o risco de infecção respiratória.

Indicações para Traqueostomia


  • Processos inflamatórios
  • Corpos estranhos
  • Hipersecreção brônquica (excesso de catarro)
  • Anomalias congênitas (alterações de nascimento)
  • Doenças Neuromusculares
  • Fadiga do músculo respiratório (geralmente causado por alguma doença)

Tipos de Cânulas de Traqueostomia


Descartáveis:
  • Material em PVC,
  • Sem cuff,
  • Com cuff,
  • Fenestrada (possui um orifício interno para treinamento de fonação, pode ter cuff ou não).

Não descartáveis:
  • De aço inoxidável,
  • São laváveis.

O que é Cuff?

Algumas cânulas possuem um balonete interno, que chamamos de “cuff”. O manuseio deste cuff é fundamental para o bom funcionamento da cânula. A função do cuff é permitir, através da insuflação do balonete contra a parede da traquéia, que a luz da cânula (buraco interno da cânula), seja o único orifício viável, impedindo a passagem de líquidos e secreção para os pulmões. Assim como a perda de gás durante a ventilação mecânica (em pacientes mais graves), mantendo um sistema fechado e pressurizado.
Possuímos fisioterapeutas especializados no manuseio deste tipo de material, capaz de informá-lo e orienta-lo sobre a melhor maneira de se manusear uma cânula de traqueostomia.

Pressão do Cuff na cânula de traqueostomia:

A pergunta mais comum entre os profissionais que trabalham com cânula de traqueostomia, sejam enfermeiros, médicos ou fisioterapeutas, é quanto de pressão podemos injetar dentro de um cuff?
Através de comprovações técnicas e científicas, chegou-se a um valor que não comprometesse o exato funcionamento da cânula, ao mesmo tempo em que não causasse uma lesão na parede da traquéia do paciente (traqueomalácia). Esta pressão foi mensurada entre 18 e 25 cmH2O. Este tipo de mensuração só pode ser realizado através de um cufômetro aferido. Podemos encontrar pacientes com pressões maiores que estas? Sim, isto pode ocorrer, pois cada paciente apresenta uma reação frente o uso de uma determinada cânula, podendo ser necessário o aumento da pressão do cuff, para que haja uma total vedação do sistema.
É importante deixar claro aos cuidadores e familiares, que somente um profissional capacitado pode estar mensurando a pressão do cuff, bem como realizando qualquer manutenção no mesmo. Lesões de traquéia são comuns em pacientes sem atenção profissional.

Lesões:


Causadas por manipulação errada de uma cânula de traqueostomia.

Cuidados de Cânulas de Traqueostomia

  • Trocar o curativo e o cadarço toda vez que estiver sujo,
  • Limpar a área ao redor com água e sabão,
  • Colocar uma gaze ao redor do estoma, entre a cânula e a pele do paciente, para proteção da pele,
  • Evite a entrada de água na traqueostomia (banho, higiene),
  • Observar o estoma periodicamente.

Tratamento

A atuação de nossa equipe no paciente traqueostomizado, começa na manutenção da cânula de traqueostomia, para que a mesma proporcione uma boa ventilação pulmonar, mantendo o conforto respiratório e a qualidade de vida deste paciente. Orientamos os cuidadores no que diz respeito ao manuseio da cânula, sua limpeza e higienização.

Aspiração de Vias Aéreas

Definição

Procedimento técnico, invasivo, realizado por profissional habilitado, visando a remoção de secreção pulmonar acumulada em vias aéreas. Pode ser realizada de 3 formas, dependendo do nível em que a secreção se encontra, como também da via de acesso favorável para o procedimento, podendo ser orotraqueal, nasotraqueal ou via cânula de traqueostomia (pacientes traqueostomizados fig 01).

Figura 01

O procedimento, contrário ao que algumas pessoas imaginam, é indolor, respeitando os critérios necessários. O que ocorre normalmente é a sensação de engasgo durante o procedimento, comum, devido ao estimulo da sonda de aspiração, mas perfeitamente tolerável. Trata-se de um procedimento seguro e eficiente, proporcionando alivio e bem estar ao paciente secretivo.

Objetivos:

Remover secreções traqueobrônquicas e orofaríngeas, de difícil expectoração ou em pacientes com tosse ineficaz, favorecendo a permeabilidade das vias aéreas e conseqüente melhora da ventilação pulmonar.

Responsáveis:

Enfermagem, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Médico e cuidador responsável pelo paciente (devidamente habilitado para este procedimento).

Material:

• Aspirador elétrico portátil (Fig 02) ou de Venturi (gás medicinal fig 03);
• Luva de procedimento;
• Luva estéril;
• Sonda de aspiração estéril;
• Soro fisiológico (se necessário);
• Gel anestésico (se necessário).

Figura 02Figura 03

Asma


O que é?

É uma doença pulmonar crônica, caracterizada por uma hiperreatividade brônquica das vias aérea inferiores, com obstrução do fluxo aéreo. Ela se caracterizada por fatores genéticos {familiares}, fatores externos (cheiro forte, processos alérgicos), ambientais (inalação de ar frio aos esforços), entre outros.

Tratamento

Nossa equipe está preparada para atender adultos ou crianças portadoras desta patologia, realizando um trabalho conjunto de exercícios respiratórios associados a orientações ao paciente e familiares, visando a diminuição dos processos reativos (crises), aumentando o tempo das intercrises.
Em crianças com idade muito baixa, trabalhamos com exercícios respiratórios reexpansivos passivos, através de manobras de desobstrução brônquica, drenagem posturais, e inalações, com estimulo de tosse se necessário.
Crianças que já tenham idade para realizar os exercícios de maneira ativa, ou adultos portadores, enfatizamos mais os alongamentos globais, exercícios aeróbicos, exercícios respiratórios reexpansivos, acompanhamento da evolução do fluxo respiratório e acompanhamento dos exercícios com uso de oxímetro, se necessário. Somos preparados a realizar em alguns casos, um trabalho de higiene brônquica, associada à aspiração de secreção brônquica (catarro), comum em pacientes infectados.
Exercícios com peso em membros superiores, e inferiores, e uso de incentivadores respiratórios (Respiron / Voldine), podem ser utilizados em estágios mais avançados do tratamento, onde o paciente apresenta certa estabilidade do quadro, visando o condicionamento físico, aliado à resistência pulmonar, vitais para a diminuição das crises asmáticas.
Em estágios mais agudos da crise asmática, possuímos toda a linha de aparelhos de pressão positiva {CPAP / BIPAP}, capaz de oferecer um suporte ventilatorio ao paciente, gerando maior conforto e segurança durante o tratamento domiciliar, orientando também os familiares, sobre a utilização destes aparelhos, caso haja necessidade de uso, durante uma crise inesperada.
Nosso objetivo é dar todo o suporte necessário ao paciente asmático, sem que o mesmo deixe sua residência ou a presença de seus familiares.